quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Posted by jinson on quarta-feira, novembro 23, 2011 7 comments
Todos os anos quando vai chegando dezembro começo a ouvir aquelas frases repetitivas que dizem: “nossa como o ano passou rápido!”, “meu Deus, já é natal!”. Confesso que demoro um pouco a pegar no tranco e entrar no clima natalino, pra falar a verdade, nem sou tão fã assim de natal. As pessoas geralmente se assustam quando digo isso mas é porque sempre fico muito emotiva e chorona nessa época do ano.No ano passado, estávamos de madrugada no shopping terminando a decoração de natal da loja. Todos já estavam bem cansados e de saco cheio quando, de repente, entrou um velhinho barrigudo, branquelo, de longa barba branca e vestido com camiseta e jeans. O Sr. Rubens, como se chama, estava ali naquela noite para ensaiar com o grupo a apresentação que faria nos próximos dias como Papai Noel do shopping. Ele deu o primeiro passo loja adentro e eu magicamente comecei a me sentir uma criança conhecendo seu ídolo. Meu cansaço passou, meu humor voltou e nessa minha misturada essência de jornalista com criança feliz não conseguia mais parar de fazer perguntas ao bom velhinho.

Mesmo sabendo que aquele era apenas um senhor contratado pelo shopping que deixava a barba crescer durante todo o ano todo e morava ali na região (e não no Pólo Norte), eu estava encantada, deslumbrada! Perguntei a ele o que as crianças mais pediam e se ele não achava alguns pedidos engraçados. Ele respondeu que sim, que ouvia pedidos hilários mas que também haviam pedidos muito tristes. Contou que muitas crianças pedem a ele (Papai Noel) comida porque não tem o que comer em casa, pedem um pai porque os falta, pedem até mesmo emprego para a mãe desempregada. Quanto mais ele contava, mais difícil era conter as emoções.

Sabe, pode ser que esse negócio todo de espírito natalino seja apenas balela e que em janeiro tudo isso passe e voltemos a viver aquela nossa vidinha egocêntrica onde somos os protagonistas e fingimos que não há nada de errado com o mundo e com as pessoas. Mas o fato é que a partir desse dia comecei a dar mais valor para pequenos gestos e enxergar tudo e todos com mais carinho e solidariedade. Contarei em outros posts outras cenas emocionantes que presenciei com o Sr. Rubens, mas por enquanto deixo que esse breve momento que passei com ele me fez refletir muito e por muito tempo.

Mas vocês não imaginam a felicidade que senti quando, no dia seguinte, o Papai Noel me encontrou no corredor cercado de crianças, olhou para mim e disse “Oi Bruna, como vai?”. =D

7 comentários :

Eloiza Bom disse...

Que lindo!!!!!!!!!!!

Elian Carui disse...

ah! que meigo !

Gabriela Furtado disse...

Ai Bru chorei... que lindo!!!

Edna Bertolim disse...

Eu já encarnei esse personagem e foi hilário!

Bru Dias disse...

Vc eu me lembro! Pegou a peruca loira da Léa, o óculos de proteção do vô, travesseiros. Foi muito mais homem do que qualquer Papai Noel que se preze Madra!!!

Lucas Fiasqui disse...

SEU TEXTO TA LINDO VIDA!!

Ka disse...

Lindo!!