terça-feira, 24 de maio de 2011

Posted by jinson on terça-feira, maio 24, 2011 No comments
“É, o tempo passa, voa!", "As coisas mudam”. São estes os clichês que ouvimos sempre, geralmente de pessoas mais velhas do que nós, não é mesmo?

Quando eu tinha uns 6 anos de idade, lembro-me de a professora pedir que levantassem as mãos os alunos que tinham os pais que ainda morassem juntos. Apenas eu e a Nat (minha amiga até hoje), entre 20 ou 30 crianças, levantamos as mãos. Fiquei impressionada com aquele índice!

Antigamente, os casais não podiam se separar. Na época dos meus avós, as mulheres eram obrigadas a aguentar traições, desrespeito ou o que quer que fosse bem quietinhas.


Já na época dos meus pais, o divórcio virou moda e todo mundo se separou. E eu e a Nat viramos as anormais da sala, as que ainda tinham os pais casados, que careta!

E agora, na minha época, o divórcio continua sendo normal, mas voltou a ser mal visto.
Minhas amigas pararam de “se juntar” com os namorados, agora querem casar na igreja, de vestido branco e tudo mais. E o casamento voltou a ter aquele valor de antigamente (mas ninguém mais casa virgem, isso não muda).

Os homens de hoje separam as mulheres em duas categorias “pra casar” e “pegação”. Aquelas mais santinhas, inteligentes e meigas entram na lista pra casar, enquanto as mais saidinhas e vulgares, nem pensar.

Ouvi da minha sogra uma vez “A gente era louca de casar virgem na nossa época, e se o cara fosse ruim de cama? Que casamento que aguenta? Tem que experimentar antes mesmo pra saber como é!”. E do tio do meu noivo “Ah então minha filha precisa que um padre assine um papel pra ela poder transar? Mas o que que é isso, se quiser fazer vai fazer!”.

Já ouvi dezenas de histórias de pessoas que namoram por 20 anos e, quando casam, se divorciam nos primeiros meses dizendo “ele mudou depois do casamento!”, ou “depois que casamos ele se tornou agressivo”. Mentira! Talvez você é quem não queira enxergar seu par da maneira como ele é, mas ninguém consegue vestir uma máscara 24h por dia.
Ninguém é obrigado a ficar junto nem a amar ninguém. Mas é exatamente para isso que serve o namoro, para conhecer bem a pessoa e ter a certeza de que é ela.

Pois bem, meus pais ainda são casados, e os da Nat também. E apesar de as coisas mudarem de geração em geração, eu prezo muito a arte de conviver, amar e respeitar alguém por uma vida inteira.

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