“As vezes, nossa vida é colocada de cabeça para baixo, para que possamos aprender a viver de cabeça para cima" Na sexta-feira morreu alguém da minha família. Morreu parte da minha felicidade. Morreu uma parte de mim.
Já ouviram dizer que não somos nós quem escolhemos o animal de estimação, é ele quem nos escolhe? Pois foi exatamente assim que aconteceu comigo. Um dia, entre cerca de 160 animais para adoção, ele se levantou e começou a me seguir de pé, em apenas duas patas, por um longo tempo. E se era atenção que ele queria, conseguiu. A minha intenção naquele dia era ajudar os cachorros a encontrarem um lar, mas acabei dando meu lar a um deles, o Lupi.
Adotei adulto já, mas por todos os anos, era mais como um bebê. Meu bebê. Dormia comigo, pedia colo 24h por dia e roncava feito um porco, rs. Era ele que me animava quando eu estava muito triste, e brigava com a minha gatinha pela minha atenção. Era meu companheiro. Era vira-lata, mas era lindo o safado. Todos achavam que era um Cocker, mas tosado parecia um filhote de Labrador. E como era muito delicado e bonito, todos achavam que era menina, tadinho. “Que cachorrinha linda!”, ouvia dizer. O Lupi me dava um olhar de lado, como se dissesse “porra, de novo?”. E ganhava roupas da minha madrinha, estampadas e até do Corinthians ele tinha. Eu evitava deixar ele usar, claro.
Tenho outro cachorro que resgatei da rua, o Puro Osso. Era para o nome dele ser Bento, mas como ele estava muito ruim quando o resgatei, pegou o Puro Osso. Ele é velho, doente, cego, surdo e tem dificuldades para caminhar. Ele está bem, Graças a Deus, mas se fosse ele que tivesse partido, eu estaria mais conformada, pois ele já é bem velhinho e sofrido. Mas o Lupi, sadio, lindo e cheio de vida, se foi. Foi para o céu, tenho absoluta certeza, mas se foi. E se foi porque foi tirado de mim. Injustamente tirado de mim. Porque alguém que dirigia um carro, em uma subida, simplesmente não quis parar e o atropelou. Passou por cima. E mesmo com os gritos e os choros, simplesmente resolveu fugir. Um dos piores dias da minha vida.
Mas sabe, a dor é tão grande, tão grande, que nem revoltada fiquei. A única dor que sinto é de não ter mais meu companheiro comigo. Dor de saber que ele tinha ainda mais tanta felicidade pra compartilhar com a gente...
Eu o vi naquele dia. O vi deitado antes de ir para o veterinário, em meio a gritos dos meus familiares eu me abaixei onde ele estava e disse que tudo ficaria bem, ele apenas me olhava, assustado.
É tão difícil passar por perdas. Eu não lido nem um pouco bem com a morte, não gosto nem de pensar, mas sei que ele cumpriu fascinantemente o papel de nos dar alegria, muita alegria e amor.
A pessoa que o atropelou não sabe que além da dor física que causou ao ser mais inocente e fofo do universo, causou a morte parcial dezenas de pessoas, causou rios de lágrimas e uma saudade que vai ficar pro resto da vida.
Já ouviram dizer que não somos nós quem escolhemos o animal de estimação, é ele quem nos escolhe? Pois foi exatamente assim que aconteceu comigo. Um dia, entre cerca de 160 animais para adoção, ele se levantou e começou a me seguir de pé, em apenas duas patas, por um longo tempo. E se era atenção que ele queria, conseguiu. A minha intenção naquele dia era ajudar os cachorros a encontrarem um lar, mas acabei dando meu lar a um deles, o Lupi.
Adotei adulto já, mas por todos os anos, era mais como um bebê. Meu bebê. Dormia comigo, pedia colo 24h por dia e roncava feito um porco, rs. Era ele que me animava quando eu estava muito triste, e brigava com a minha gatinha pela minha atenção. Era meu companheiro. Era vira-lata, mas era lindo o safado. Todos achavam que era um Cocker, mas tosado parecia um filhote de Labrador. E como era muito delicado e bonito, todos achavam que era menina, tadinho. “Que cachorrinha linda!”, ouvia dizer. O Lupi me dava um olhar de lado, como se dissesse “porra, de novo?”. E ganhava roupas da minha madrinha, estampadas e até do Corinthians ele tinha. Eu evitava deixar ele usar, claro.
Tenho outro cachorro que resgatei da rua, o Puro Osso. Era para o nome dele ser Bento, mas como ele estava muito ruim quando o resgatei, pegou o Puro Osso. Ele é velho, doente, cego, surdo e tem dificuldades para caminhar. Ele está bem, Graças a Deus, mas se fosse ele que tivesse partido, eu estaria mais conformada, pois ele já é bem velhinho e sofrido. Mas o Lupi, sadio, lindo e cheio de vida, se foi. Foi para o céu, tenho absoluta certeza, mas se foi. E se foi porque foi tirado de mim. Injustamente tirado de mim. Porque alguém que dirigia um carro, em uma subida, simplesmente não quis parar e o atropelou. Passou por cima. E mesmo com os gritos e os choros, simplesmente resolveu fugir. Um dos piores dias da minha vida.
Mas sabe, a dor é tão grande, tão grande, que nem revoltada fiquei. A única dor que sinto é de não ter mais meu companheiro comigo. Dor de saber que ele tinha ainda mais tanta felicidade pra compartilhar com a gente...
Eu o vi naquele dia. O vi deitado antes de ir para o veterinário, em meio a gritos dos meus familiares eu me abaixei onde ele estava e disse que tudo ficaria bem, ele apenas me olhava, assustado.
É tão difícil passar por perdas. Eu não lido nem um pouco bem com a morte, não gosto nem de pensar, mas sei que ele cumpriu fascinantemente o papel de nos dar alegria, muita alegria e amor.
A pessoa que o atropelou não sabe que além da dor física que causou ao ser mais inocente e fofo do universo, causou a morte parcial dezenas de pessoas, causou rios de lágrimas e uma saudade que vai ficar pro resto da vida.
8 comentários :
Bruna, vc está certa...é um pedaço da gente que se vai..é uma dor imensa....fica a saudade. Grande beijo!
Que dó...ele era uma gracinha =/ , sapeca igual o mew...fica a saudade msm, parecem crianças para nós...papai do céu vai cuidar bem dele =]
Em pouco tempo de recuperação no outro plano,
Ele voltará logo, para à família, de certo modo vcs ainda poderão encontrar-se. ;)
Eu nunca vou me conformar e não quero, mesmo que pudesse...As pessoas dirigem sem atenção porque não têm que pagar pelas mortes que causam...
Oi Bruna!!! Quando foi? Imagino como deve estar se sentindo, é realmente alguém da família, só quem tem cachorro sabe como eles são importantes para seus donos, fiquei muito triste e comovida ao ler o seu blog,mas Deus conforta e logo vc irá arrumar outro para ajudar amenizar a sua dor!!!! Bjs querida fique com Deus!!!!
Oi Marga, foi na sexta passada. =(
Obrigada a todos pelas palavras e solidariedade, como a Marga disse, só quem tem ou teve cachorro sabe o que é...
Madra, tb acho que não devemos nos conformar, mas o que podemos fazer? A única informação é o carro, e não temos como provar nada. =(
Pior que dói tanto que nem revoltada eu consigo ficar. E olha que eu sou ariana! rs. Beijos
Eu sei que nada adianta quanto a te-lo de volta,mas continuo não aceitando o que aconteceu...
Poxa que triste Bru, caracas, sei do seu apreço, poxa sinta se abraçada!
Postar um comentário